domingo, 29 de abril de 2012

Um grande nada no caminho.



 Não sei não, minério de ferro exportado não é tributado em quanto de ICMS. Além de empregos mal remunerados o que fica na região? Petróleo paga royalties significativos, minério de ferro é pífia sua contribuição.



Hoje as grandes operadoras de carga não tem em suas linhas trens regulares de passageiros, exceção duas linhas operadas pela Vale, um trem turístico aqui outro acolá,mas nda que sirva realmente as comunidades ribeirinhas, muitas que nasceram e cresceram por causa das ferrovias.
Enquanto os trens ficam cada vez mais longos e pesados, e aumentam o lucro das cias ferroviárias, ficam abandonadas populações inteiras que muitas vezes tem que emigrar devido ao isolamento.
Num país que luta com a superconcentração populacional nas metrópoles, não é nem de longe razoável ter ferrovias que só geram riqueza nas pontas, deixando um grande vácuo no meio do caminho.



19/01/2012 - 09:45
Manifestantes paralisam duplicação de ferrovia da Vale


Estrada de acesso ao local de obras foi ocupada. Moradores de comunidades
afetadas reclamam cumprimento de contrapartidas por parte da mineradora


Por Daniel Santini e Verena Glass


Agricultores e representantes de movimentos sociais paralisaram na manhã
desta quinta-feira (19) as obras que estão sendo realizadas pela mineradora
Vale para ampliar a capacidade da Estrada de Ferro de Carajás, no Maranhão.
De acordo com participantes da mobilização ouvidos pela Repórter Brasil, os
moradores da zona rural de Açailândia (MA) e de localidades próximas
afetados pela duplicação da ferrovia ocuparam uma estrada vicinal que dá
acesso ao canteiro de obras impedindo a passagem de ônibus com operários. Em
nota, a Vale condenou o ato.


A manifestação aconteceu porque, segundo os participantes, a Vale não tem
cumprido contrapartidas acordadas com base nos impactos da duplicação da
ferrovia. As reivindicações imediatas são: construção de um posto de saúde;
melhorias na escola local; construção de túneis para passagem de carros e
passarelas de pedestres; valor justo de indenização para remoção das casas
que terão que ser retiradas; recuperação de reservatórios de água da região;
medidas para prevenção de incêndios; apoio em pesquisas para avaliar o
impacto do uso de agrotóxicos em campos de cultivo de eucalipto próximos à
plantação de assentamentos da região.


Entre os principais impactos da ferrovia sobre as comunidades, segundo as
queixas dos moradores, estão atropelamentos de pessoas e animais, danos
ambientais e os incêndios provocados pela passagem da locomotiva. Eles
também reclamam de poluição sonora, trepidação e até rachaduras nas casas.
Procurada pela reportagem, a assessoria de imprensa da Vale ficou de buscar
um posicionamento da empresa sobre os problemas e as reivindicações dos
manifestantes.


Reclamação ao IBAMA
Os problemas foram detalhados em uma representação enviada em dezembro ao
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) por uma frente formada pelos Missionários Combonianos, Justiça nos
Trilhos e Justiça Global.


A estrada de ferro é utilizada para escoar a produção do principal pólo de
extração de minério de ferro do Brasil, que fica dentro da Floresta Nacional
de Carajás, no Pará. Do município de Paraupebas (PA), o minério é
transportado por 892 km pela ferrovia até o Porto do Itaqui, em São Luís
(MA), de onde segue para o exterior.
Manifestantes reclamam que mineradora não cumpriu com contrapartidas
acertadas


O ritmo com que o minério é retirado e comercializado é tão intenso que os
trens que passam constantemente totalmente carregados chegam a ter mais de 3
9 km de comprimento, uma seqüência de 30 vagões puxada por 4 locomotivas.
Agora, para ampliar a capacidade de escoamento, a Vale trabalha na
duplicação dos trilhos.
Com bloqueio da estrada, operários foram impedidos de seguir para o canteiro
de obras


Desde 1997, ano em que a Vale foi privatizada, a ferrovia é controlada pela
empresa graças a uma concessão de 30 anos, que pode ser renovada por mais 30
anos. Segundo a Vale, a manifestação atrapalhou a circulação de trens, que
chegou a ser momentaneamente interrompida. A empresa diz que, por conta dos
prejuízos decorrentes da interdição da ferrovia, tomará medidas jurídicas
contra os que participaram do ato. Os manifestantes negam que tenham
interrompido a passagem dos trens.


http://www.reporterbrasil.com.br/exibe.php?id=1986

tema musical.

LÁ SE VÃO MEUS ANÉIS

DIZ O REFRÃO
MAS MEUS DEDOS SÃO DEZ
DUAS MÃOS
E A MULHER QUE TU ÉS
OH NÃO
ISSO NÃO SÃO PAPÉIS
NÃO SÃO
NÃO MERECE OS MEUS RÉIS DE PÃO
METE OS PÉS PELAS MÃOS
TODOS SABEM QUE O MEU CORAÇÃO
É UMA CASA ABERTA
NÃO SEI POR QUE
PORTAS E JANELAS DÃO PRA VOCÊ
DÃO, DERAM E DARÃO
É PORQUE A CHAVE DO MEU CORAÇÃO
SOMENTE O TEU CORAÇÃO PODE ABRIR
E LÁ VAI MEU CORAÇÃO POR AÍ
MAS NÃO PERDOA NÃO (E LÁ SE VÃO MEUS ANÉIS)
LÁ SE VÃO MEUS ANÉIS
OUTROS VIRÃO
NAS PRIMEIRAS MARÉS ENCHO AS MÃOS
MAS ME POR A TEUS PÉS
OH NÃO
NEM QUE FOSSE O QUE RESTA ENTÃO
NEM QUE VIREM CRUÉIS OS BONS
E INFIÉIS OS CRISTÃOS

A última viagem dos série 100 ?


Sem dúvida a Estrada de Ferro Central do Brasil foi a mais importante ferrovia brasileira do ponto de vista político e estratégico. Um dos campos em que a E.F. Central do Brasil atuou de maneira marcante foi no transporte em massa de passageiros nos subúrbios do Rio de Janeiro e de São Paulo. Seus serviços na Cidade Maravilhosa ficaram famosos - infelizmente, nem sempre de maneira gloriosa - e folclóricos, merecendo inúmeras citações em livros, filmes e programas de televisão. Além disso, a Central administrava diversas linhas regionais nos estados de Rio de Janeiro e Minas Gerais.
A central inaugurou a eletrificação de suas linhas em 1937. Ao contrário da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e E.F. Oeste de Minas, ferrovias brasileiras de primeira linha que já haviam implantado trechos eletrificados, o principal interesse da Central era usar a eletrificação em transporte suburbano de massa. Esta ferrovia iniciou os serviços suburbanos no Rio de Janeiro já no longínquo ano de 1866, tendo desenvolvido uma frondosa malha que englobava boa parte da cidade. Mas, como toda ferrovia estatal, os altos investimentos requeridos pela eletrificação levaram a décadas de indecisão para se adotar o sistema, que só se tornou realidade no final de década de 1930.
 A Segunda Guerra Mundial atrasou sua implantação, uma vez que Metropolitan-Vickers, empresa inglesa que estava instalando o sistema, viu-se forçada a aderir ao esforço de guerra britânico e abandonar as obras no Brasil. A eletrificação nos subúrbios continuou aos trancos e barrancos, sendo executada por firmas nacionais, evitando o colapso do sistema devido à falta de carvão, mas sob condições técnicas não recomendáveis. A crônica falta de investimentos após o final do conflito levou o sistema a crises bastante sérias em 1953 e 1975. Em 1985 os serviços suburbanos da Central foram transferidos em 1984 para a Companhia Brasileira de Trens Urbanos - CBTU. Em 1988 a nova Constituição Federal determinou a transferência da responsabilidade desses serviços para os respectivos governos estaduais. No Rio de Janeiro a Companhia Fluminense de Trens Urbanos - FLUMITRENS, estatal estadual, assumiu a antiga rede de subúrbios da CBTU em 1994; a maior parte dela foi privatizada em 1998, sendo seu controle transferido para a Concessionária de Transportes Ferroviários S.A. - SuperVia. Na cidade de São Paulo a antiga rede de subúrbios da RFFSA foi assumida pela Companhia Paulista de Trens Metropolitanos - C.P.T.M. em 1996, a Central do Brasil foi a única ferrovia brasileira a dispor de outros sistemas de linhas eletrificadas, instalado na malha suburbana da cidade de São Paulo durante a década de 1950 e num trecho de bitola larga em Belo Horizonte durante a década de 1960, mas sem a extensão e complexidade do sistema carioca, ainda que apresentando problemas bem semelhantes;

TUE 97 B HORIZONTE 1964

Ainda hoje, o sistema fluminense, mesmo após ter mudado de mãos e ter sido privatizado, ainda não recebeu investimentos suficientes para oferecer um serviço de boa qualidade;

Os TUE fornecidos pela Metropolitan-Cammel para a eletrificação da EFCB eram constituídos por um carro-motor de 50 t e dois carros-reboque, cada um pesando 28 t. O carro-motor dispunha de quatro motores de 3000 V com 175 HP de potência, o que totalizava 700 HP. Sua taxa de aceleração era da ordem de 1,8 km/h por segundo, possibilitando a agilidade necessária para cumprir os horários de trens suburbanos sob velocidade máxima de 70 km/h. Todos eles dispunham de caixa metálica, uma novidade nos subúrbios metropolitanos das cidades brasileiras. Eles dispunham de duas classes: a primeira, com assentos estofados em couro, e a segunda, com bancos de madeira. Cada carro de primeira classe tinha lotação para 68 passageiros sentados e 132 em pé, enquanto que os carros de segunda classe, comportavam 72 passageiros sentados e 148 em pé. Haviam comodidades inéditas para trens suburbanos brasileiros, como ventilação forçada e portas acionadas pneumaticamente. A alimentação elétrica dos sistemas auxiliares desses trens era conseguida através de um sistema motor-gerador de 13 kW que, alimentado com a tensão de 3.000 volts da catenária, gerava corrente com 100 volts. O controle dos trens seria feito a partir de cabines situadas nos carros-reboque, mas o carro-motor também dispunha de dispositivos para controle próprios. As principais características técnicas desses TUEs podem ser vistas tabela abaixo:

AnoPotência
[HP]
FabricanteConfiguração BásicaComprimento
[m]
Velocidade Máxima
[km/h]
Aceleração Máxima
[m/s2]
Capacidade
1937700MetroVickR+M+R21,857700,5640 por TUE


O problema para esses trens era a falta de oferta, uma vez que o desgaste do material rodante se tornou crítico demais e reduzia a disponibilidade das composições. A situação ficou tão crítica que, em 1949, as duas classes disponíveis nos trens de subúrbio - primeira e segunda - acabaram por ser unificadas, pois era impossível conter a invasão dos usuários da segunda classe sobre os lugares vagos nos carros de primeira... até porque os fiscais não conseguiam se locomover dentro dos trens. A medida, aparentemente democrática, piorou ainda mais a situação financeira da ferrovia, pois, obviamente, os preços foram nivelados por baixo, aumentando ainda mais o déficit do sistema.
Em 1951 foi construído um trem unidade nas próprias oficinas da E.F. Central do Brasil, enquanto que em 1952 foram recebidos mais oito trens, um reforço desesperadamente necessário mas que pouco auxílio pôde prestar. A direção da ferrovia tentava, por todos os meios, adquirir material rodante, e propôs a aquisição de 200 novos TUEs. Contudo, a famosa Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, que tinha por objetivo fazer o diagnóstico das ferrovias brasileiras e priorizar os investimentos, negava-se a autorizar essa aquisição; após muita discussão, aprovou a compra de 100 TUEs. Em 14 de abril de 1952 foi realizada concorrência pública para essa aquisição, que especificava a importação da Inglaterra de 50 TUEs completos e 50 carros-motor, mais a fabricação de 100 carros-reboque pela indústria nacional, além de um grande lote de peças sobressalentes. A execução desse fornecimento, contudo, foi severamente retardada em função da crise cambial que assolava o país na ocasião. Pelo mesmo motivo a importação de qualquer material para reparo dos TUEs ingleses já em operação era muito difícil e a indústria ferroviária nacional não tinha condições de dar uma resposta rápida e econômica ao problema.

Nesta foto, de 1964, vemos o carro ER1061 (possivelmente original ER1041) ainda com faróis em baixo, truques originais e já com janelas modificadas. Sendo rebocado provavelmente por uma U5B.

Para piorar a situação, nesse ano a Light enfrentou problemas na geração de energia e racionou o fornecimento à Central do Brasil, que se viu forçada a suprimir alguns horários de trens suburbanos.
No final de janeiro de 1953 a crise do transporte suburbano no Rio de Janeiro tinha atingido uma situação crítica: 18 TUEs somente operavam rebocados por locomotivas diesel-elétricas, enquanto que outras 40 unidades ainda operavam, mas precariamente, com grupos motores parcialmente desligados e desfalcado de peças essenciais. A enorme crise e a dificuldade em arranjar os recursos para vencê-la provocaram a renúncia da diretoria da Central. A nova administração, enquanto esperava o fornecimento dos novos trens-unidade, iniciou um programa para recuperação dos TUEs já disponíveis na ferrovia. Os entraves burocráticos típicos das administrações estatais fizeram com que as primeiras unidades fossem entregues no segundo semestre de 1954. Em meados de 1955 já haviam 14 TUEs reconstruídos dentro desse programa.

CARRO MOTOR DO TUE 62 SEGUNDA SERIE DE INGLESES, ESTA DE 1948
Este lote era mais comum em SP, note o truque de rebite ,ainda não sunstituído pelo de aço fundido nacional

Esse processo de recuperação exigiu o máximo das oficinas de manutenção da Central. Um dos problemas mais sérios para o material rodante era a superlotação dos carros: no lugar de 80 passageiros, no máximo, cada carro chegava a conduzir 350 (!) pessoas, o que representava 13 a 14 toneladas além da carga especificada para eles. O problema foi atacado em duas frentes. Em primeiro lugar, os truques foram substituídos por outros de aço fundido, os truques originais chegavam a trincar tamanho o sobrepeso do excesso de passageiros. Outro foi o aumento da potência dos motores de tração. Dada a impossibilidade da compra de novos motores, foi decidido aumentar sua potência, de 175 para 220 HP unihorários, sem substituir sua armadura, aumentando-se a bitola dos fios usados no enrolamento e tomando partido das melhores características dos novos materiais isolantes que estavam surgindo. Outra sugestão foi o uso de ventoinhas para submeter os motores à ventilação forçada.


Os serviços suburbanos da E.F. Central do Brasil no Rio de Janeiro passaram por grave crise na primeira metade da década de 1950 por uma série de fatores: um explosivo crescimento populacional, promovido principalmente pela migração do campo para a cidade; a pesada sobrecarga do sistema durante a Segunda Guerra Mundial, que muitas vezes danificou equipamentos além do ponto de recuperação; a crônica falta de investimentos; restrição às importações e falta de estrutura da indústria ferroviária nacional; necessidade de investimentos em outras cidades, como nos subúrbios de São Paulo - e por aí vai...

Finalmente em 1954 o governo federal finalmente liberou a verba para a compra dos cem TUEs solicitados em 1952. A vencedora foi, mais uma vez, a Metropolitan-Vickers, que desta vez subcontratou empresas brasileiras para a montagem dos carros-reboque: a Fábrica Nacional de Vagões, Cobrasma e Santa Matilde. Esses novos TUEs foram entregues em 1956, recebendo a designação oficial de Série 200.
Ironicamente, a entrega dos novos trens não logrou aumentar a oferta de transporte suburbano pela Central, pois eles apenas vieram substituir equipamentos devastados pela sobrecarga e manutenção deficiente.

TUE 65 EM 1956 FOTO O CRUZEIRO ENVIADA POR MANOEL MONACHESI

Além disso, também as condições da via permanente e da sinalização não permitiam maior tráfego de trens; os investimentos nessas áreas, apesar de reconhecidamente necessários, eram feitos a gota-gotas devido à falta de recursos.
A crise acabaria por perder seu caráter agudo mas tornou-se crônica, com grandes atrasos, depredações e, eventualmente, acidentes tristemente famosos ao longo da década de 1950 e 1960, com grande número de mortos e feridos. Especialistas afirmaram que o projeto dos últimos trens unidade elétricos entregues pela Metropolitan-Vickers apresentava uma grave falha de segurança, que era a falta de reforço na extremidade dos carros. Em caso de colisão os carros, ao invés de servirem como um escudo protetor, acabavam entrando uns dentro dos outros, ferindo e eventualmente matando os passageiros.
Entre 1964 e 1965 foram recebidos mais 60 TUEs, dando algum alívio ao sistema. Essas unidades, conhecidas como Série 400 ou Wanderley Cardoso, foram projetadas com base nos antigos TUEs Série 100 e 200. Suas caixas, em aço carbono, foram feitas no Brasil pela Fábrica Nacional de Vagões, Cobrasma e Santa Matilde, enquanto que o equipamento elétrico foi fornecido pela General Electric. A herança dos TUEs série 100 ia passando adiante o tecnologia necessária para  a contrução de trens unidades no Brasil finalmente era absorvida pela indústria nacional graças o estudo dos TUEs ingleses. Anos mais tarde o mesmo aconteceria com a Marfesa importando tecnologia através dos TUEs Budd da EFSJ.

Os incríveis e anacrônicos TUEs série 100, na sua suposta última viagem




Dito isso tudo. A matéria publicada no início dessa postagem é de 1987, ano que deveria marcar a aposentadoria oficial dos pioneiros TUEs da Central. Pois bem não foi.
Os polivalentes TUEs série 100, seja por sua durabilidade e qualidade na construção, seja pela miséria que se abateu sobre o país, não foram de forma alguma aposentados, acabaram saindo da tração das linha eletrificadas de bitola larga da central para suas vizinhas de bitola métrica e tração diesel da Leopoldina, ou para outros estranhos e distantes destinos como trens de socorro, rede-aérea, transporte interno, carros de médio percurso e sabe-se o que mais, Brasil a fora.
da suposta despedida até hoje já fazem 25 anos!
Continuam os TU a rodarem , inacreditavelmente com passageiros, com 75 anos de idade estes trens sofreram diversas reformas, adaptações, mas o surpreendente é que as unidades que rodam hoje são justamente as mais antigas, e as que menos cuidado receberam passando a maior parte de sua carreia operando sobrecarregadas e com manutenção inadequada.


REFORMADO ER86 EM 1981 com tecnologia "japonesa" conseqüencia da importação dos TUEs série 500, e do modelo de modernização empregado pelo Cel Webber nos subúrbios da Central. 
Alguns TUEs série 100 modernizados foram rebatizados como série 300.



Embora esses 75 anos sejam uma eternidade, mesmo para indeléveis produtos industriais do pré-guerra como esses trens, para o bem o para o mal nem tudo pode durar para sempre.
Hoje, como a 15 atrás, existe uma expectativa de aposentadoria dos TUEs, um antigo programa da CBTU de implantação de VLTs em nas suas linhas de tração diesel está finalmente sendo executado, os ramais onde os carros da série 100 ainda são rebocados, notoriamente a METROFOR, METROREC, e Supervia, devem receber os VLTs fabricados pela BomSinal ou alargados e eletrificados. Restarão ainda alguns trens de serviço e a primeira unidade que está sendo "preservada" no Rio de Janeiro.






Em São Paulo

TUE 100 GUAPIMIRIM RJ 1986



Gramacho (Duque de caxias -RJ) , 
uma suposta última reforma, para servir como carro reboque dos trens diesel da bitola métrica

TUE 30 JÁ NA BITOLA ESTREITA DE GRAMACHO EM 1986

PARADOS EM PACIENCIA RJ A ESPERA DO FIM FOTO HUGO 1983 TUE 29 (ESQUERDA) TUE 6 (NO CENTRO) TUE 85( À DIREITA)


MENDES TUE SERIE 100 TRANSFORMADO (NR 352)
 MENDES 1986, depois serviram como trens de serviço em Juiz de Fora

E como carros de passageiro, terminando COMO BIBLIOTECA. Em Lafaiete-MG

Foto rara de serie 100 mandado para Santa Maria RS, usado como trem de bitola streita rebocado por uma GL8 -foto de Jorge Argentino

Trem de serviço da MRS, a CPTM e a supervia ainda utilizam TUEs série 100 como trens de serviço.

O mais provável substituto, o VLT
 http://fotolog.terra.com.br/cbtumetrorec

O metrô de Buenos Aires tem carros com mais de 100 anos em condições de operar o serviço regular, dependendo da maneira como se faz a modernização da malha ferroviária, principalmente no RJ, eu não duvidaria que estes veteranos trens batesse essa marca.
Estranho lendo isso, e vendo todas essas promessas de mhora para a copa e as olímpiadas  me sinto como em 1987, espero que os novos trens de subúrbio não tenham a mesma sina dos  TUEs série 800 do início da década de 80 que não duraram muito e não garantiram a aposentadoria de seu avô série 100.


O muito obrigado aqueles que possibilitaram esta postagem:

B
uzzelin
http://almanaquedarffsa.blogspot.com.br/2010/01/rffsa-volume-iii-capitulo-14.html

Gorni
http://www.tsfr.org/~efbrazil/electro/efcb.html

André Vasconcelos
http://transportesuburbanorj.blogspot.com.br/2010/06/metropolitan-vickers-serie-100o.html

Hugo Caramuru
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?uid=1564985919543084784

Edson V.Teixeira
http://www.orkut.com.br/Main#AlbumList?uid=3497787994046657443

Benício Domingues Guimarães-
Livro 1937-1987 - Os 50 Anos da Eletrificação dos Trens de Subúrbios do Rio de Janeiro, editado pela CBTU. 



É no Rio que se perde mais tempo até o trabalho

Foi o que constatou o Censo 2010. Japeri, na Baixada Fluminense, é a pior cidade do País em mobilidade para o trabalhador

POR MARIA LUISA BARROS
Rio - Os brasileiros estão mais instruídos, ganhando salários melhores e com carteira assinada. Mas para chegar ao trabalho precisam madrugar e enfrentar longos congestionamentos. Para 1,2 milhão de moradores da Região Metropolitana do Rio, que trabalham fora do município de residência, a situação é ainda pior. Em comparação com todo o País, é aqui no estado que mais trabalhadores levam mais de duas horas no trânsito até o serviço.



O pedreiro Antônio de Lira gasta duas horas de Nova Iguaçu até Niterói, onde trabalha | Foto: Paulo Araújo / Agência O Dia

Os dados, do Censo 2010, foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ranking da lentidão do trânsito até o trabalho, o município de Japeri ocupa a liderança em todo o Brasil, seguida por Queimados (4º lugar), Nova Iguaçu (7º), Belford Roxo (14º) e Magé (18º), todos na Baixada Fluminense.

A alternativa para driblar o fluxo intenso é sair de madrugada, como o pedreiro Antônio de Lira, 36, e a recepcionista Vera Lúcia, 40. Em Japeri, ela pega o ônibus às 4h15 para estar na Central do Brasil às 6h45. Dali, toma outra condução até o Méier, onde trabalha.

“Às vezes prefiro ir de trem, que demora menos mas é desconfortável”, conta. Muitos abandonam hábitos para não se atrasar. “Tomar café da manhã antes de sair de casa é luxo”, diz a doméstica Maria da Penha Gomes que gasta três horas de Nova Iguaçu a Laranjeiras.

O percentual de pessoas que perde uma hora no trânsito do Rio (23,1%) é o dobro da média nacional (11,4%). Entre as capitais, a campeã na demora para chegar ao trabalho é São Paulo, à frente do Rio, com 25,3% dos cariocas levando mais de uma hora para “bater o cartão de ponto” contra 31% dos paulistanos.

Das 36 regiões metropolitanas, a do Rio também aparece em primeiro: 28,6% dos moradores perdem mais de 60 minutos no transporte. Segundo a presidente do IBGE, Wasmália Bivar, no estado do Rio, 75% da população mora na Região Metropolitana, enquanto em São Paulo o índice é de 50%.

“Em São Paulo, existem outros polos para trabalho fora da capital”, explica. As prefeituras de Japeri e Nova Iguaçu afirmam que a melhora na mobilidade depende do estado. Procurado, o governo não respondeu.
E o metrô vai para onde? Para a Barra....

Por essas e outras que eu devo passar um bom tempo aqui no deserto, ao invés de estar próximo da família e dos amigos, pelo simples fato de não perder 20% da minha vida e metade das minhas horas de sono sofrendo no suburbio do inferno!!!

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Valec e os planos nacionais de viação

Principais ferrovias em operação e projetos em andamento, antes da revisão do plano nacional de viação para o PAC. As diferenças principais são a inclusão do trecho sul da EF Norte-Sul, a construção da EF-354 (Açu-RJ a Vilhena-RO e os ramais transversais a EFNS (FIOL) ligando o litoral sul da Bahia ao norte de Mato Grosso.

Os projetos da Valec, o governo federal ressumiu o papel de extensão da ferrovias, no entanto preocupa a demonstração, pois os planos da Valec aparentemente ignoram outras iniciativas como a Transnordestina, a ferroeste, e a ferronorte.

domingo, 15 de abril de 2012

CBTU 25 anos e uma idéia na cabeça


Acima o texto na íntegra, vale a pena ler

"A CBTU tem que continuar com seu objetivo que é o lucro social. Essa é a palavra-chave da companhia, ou seja, transportar passageiros de forma segura, econômica, social e ambientalmente correta. Não temos o objetivo de registrar lucro financeiro. Nossos projetos estão voltados para isso. Eu vejo assim a CBTU. Não tem outro motivo para a CBTU existir".


Me dêem uma divisão de gerentes com este pensamento e em 20 anos estaremos vivendo no primeiro mundo.

A frase em negrito acima traduz exatamente a definição de empresa de capitalismo de bem estar social.
O único tipo de capitalismo que deve ser praticado em monopólios naturais como transporte público, petróleo, água e energia elétrica.



Sim me acusem de parcial, eu sou! Me incomoda a debilidade de pensamento de quem nação sem paciência de revisar a própria história, há cerca de 20 anos atrás o Brasil estava na bancarrota o país corria o risco de se desintegrar, devido a abusos dos novos governos civis cometidos no vácuo deixado pela ditadura militar, a economia faliu, as instituições quebraram, o estado não se sustentava e logo uma suposta solução apareceu, o governo por ser "incompetente corrupto e etc... deveria se livrar do que não pode ter e deixar a eficiente e santa inciativa privada tomar para si as estatais.

Pois bem,o resto da história, quem consegue ler, sabe o que foi, todos os males apresentados elas estatais tornaram a voltar, e com tarifas maiores, a iniciativa privada se mostrou extremamente competente, em lucrar e beneficiar a si mesma apenas no bom e velho capitalismo selvagem.
A tarifa abusiva paga com uma parcela grande do salário do trabalhador, sustentaram o lucro dos bancos estrangeiros.
Um outro benefício colateral apareceu para a sociedade mas, a um custo enorme, então surge aí ao melhor no modo de pensar apresentado pela CBTU:

Prestar um serviço de qualidade, o lucro é o bom serviço prestado.

Não estamos falando em dar caviar nos trens e falir a empresa, como nas antigas farras estatais, mas sim ter empresas fortes que geram renda suficiente para se manter e crescer, que tem o compromisso de usar seu lucro principalmente na melhoria de seus serviços e não em mais lucro.




Num momento em que se vê que as privatizações, não salvaram a pátria e que ter um monte de empresas públicas ineficientes só quebraria o país de novo, ver a administração de ma estatal se manifestar na direção de prestar um bom serviço sem consumir mas impostos é uma idéia para se manter na cabeça

sábado, 14 de abril de 2012

Um resumo rápido e o trem-bala

Andre Araujo

O desmonte do outrora eficiente sistema ferroviario de passageiros no Brasil não se deu nos governos militares, como aqui constou em muitos comentarios. Começou de fato a partir de 1937, quando por razões populistas o Estado Novo congelou o preço das passagens, o que levou as empresas, a maioria particulares, a ter prejuizo e não mais investir na rede. (discordo desta última parte, o estado novo investiu pesado nas ferrovias encampadas pelo governo)

Com a Segunda Guerra e a crise cambial inglesa, decorrente da guerra, as companhias de capital britanico foram vendidas ao Governo Federal e a partir dai a gestão caiu de qualidade, foram feitos poucos investimentos (exceto na eletrificação), aparecem desvios, corrupção e empreguismo, levando todo o sistema à decadência, com a clientela caindo ano a ano.

A unica rede privada que sobrou após 1947 foi a Companhia Paulista de Estradas de Ferro, uma excelente ferrovia, de padrão europeu, estatizada pelo Governador Carvalho Pinto praticamente sem indenização aos seus 20.000 acionistas. um ato demagófico que levou logo essa empresa modelar ao padrão das outras redes estatais. Com o Governo JK foi dada total prioridade ao rodoviarismo em detrimento da ferrovia, a industria automobilistica se encarregou do lobby pro-rodovias.

Os governos militares apenas enterraram um sistema que ja estava morto em 1964 e o Brasil virou o unico grande pais em extensão territorial que não tem sistema ferroviario de passageiros. Russia, China, India e Canada tem vastas redes ferroviarias de passageiros, sendo o onibus secundário em relação ao trem. Nas privatizações de ferrovias, no Governo FHC perdeu-se uma chance de ouro para reinstalar os trens de passageiros, quando poderia se ter exigido dos compradores esse serviço, como fez a Argentina. Lá privatizou-se com a condição de todas as linhas terem trens de passageiros e lá., a mesma ALL que é a maior concessionaria no Brasil, carrega pasageiros, não aqui, porque ninguem exigiu que fizessem. A morte do sistema ferroviario de passageiros no Brasil é uma triste história que deve envergonhar todos os brasileiros. Hoje se levam crianças a trens turisticos (Campos do Jordão, Tiradentes) para conhecer um trem, como se fosse coisa de um passado longinquo. Nos EUA, com o maior sistema aereo do mundo, foram mantidos os trens de passageiros a custo de subsidio do Governo Fderal, através de uma empresa especialmente criada, a AMTRAK, que tem 25.000 funcionarios e opera os trens nos trilhos de empresas privadas. Portanto, não tem sentido o trem-bala antes de se reimplantar uma rede básica de trens de passageiros nos principais troncos do Pais, o trem bala sendo a etapa mais avançada de um sistema maior.

O trem bala é ao final um trem de luxo, de elite e não tem sentido implanta-lo sem que existem trens comuns para o povo.

Fonte: Jornal Folha de S. Paulo

E o trem da serra?

Antonio Pastori, Mestre em Economia, ex-gerente do Departamento de Transportes e Logística do BNDES e presidente da Associação Fluminense de Preservação Ferroviária (AFPF)


No último dia 30 de abril, foi comemorado o 157º aniversário da inauguração da primeira ferrovia do Brasil, a Estrada de Ferro Petrópolis, mais conhecida por E. F. Mauá, em homenagem ao seu idealizador, o Barão de Mauá.

O começo das nossas ferrovias integrava vários tipos de modais. O quilômetro zero começava em um pequeno píer em Guia de Pacobaíba, Magé (RJ). Os passageiros chegavam de barco a vapor após a travessia de uma hora pela límpida Baía de Guanabara, partindo do Cais da Prainha (hoje, Praça Mauá, no Centro do Rio). Em seguida, embarcavam no trem para uma viagem de 25 minutos para chegar ao quilômetro 14,5, bem perto da Raiz da Serra de Petrópolis, para onde o imperador, a corte e as elites fugiam do escaldante verão carioca. A etapa seguinte era vencer o paredão de 800 metros entre a Raiz e Petrópolis. Por isso, o deslocamento consumia mais duas horas de subida pela bela, sinuosa e "moderna" Estrada Normal da Serra da Estrela, valendo-se de um terceiro modal, movido à tração animal. Todo esse deslocamento, que combinava três modais, durava 3h30, lembrando que estamos falando da segunda metade do século XIX.

Passados 29 anos da inauguração desse novo modal em terras brasileiras, a viagem foi reduzida para duas horas graças à tecnologia da tração por cremalheira, levando o trem até Petrópolis. Os trens a vapor venciam facilmente paredão da Serra da Estrela em meia hora, permitindo que os passageiros economizassem uma hora e meia no deslocamento total.

Em 1926, com a inauguração da pomposa, mas abandonada, estação da Leopoldina Railway na Av. Francisco Bicalho, na região central do Rio, os passageiros iam direto até Petrópolis com uma rápida baldeação na Raiz da Serra, fazendo o percurso de 55 quilômetros em 1h45m com extrema pontualidade e segurança, sendo a travessia de barca erroneamente abandonada.


Infelizmente, em 1964 o trecho ferroviário de seis quilômentros entre Raiz da Serra-Petrópolis foi erradicado (a exemplo de milhares de outros). A viagem até o centro do Rio passou a ser feita exclusivamente por via rodoviária, durando entre uma hora (automóvel) e 1h30 (ônibus). Contudo, aos poucos veio surgindo o alongamento do tempo da viagem devido ao engrossamento do fluxo de veículos nesse eixo, implicando que o deslocamento durasse, seguramente, mais de duas horas nos horários de pico, extrapolando conforme o dia ou o tipo de contumaz acidente na BR-040.

Quer como espectadores, quer como personagens, a verdade é que não dá mais para ficarmos reféns do modal rodoviário, compactuando silenciosamente com o massacre diário de 160 vítimas fatais no trânsito , o que equivale à queda de um Airbus todo dia. O modal ferroviário não vai resolver esse problema, é verdade, mas pode ajudar a minimizar, disciplinar e ordenar o espaço urbano, além de poluir bem menos. As autoridades deveriam olhar com mais atenção alternativas de combinação eficiente de modais para escapar das custosas armadilhas urbanas das grandes obras viárias. Um exemplo: para se restabelecer a ligação ferroviária Rio-Petrópolis - superada a complexa liturgia licitatória de praxe -, precisamos somente

reinstalar seis quilômetros de trilhos no antigo leito na serra, pôr para rodar alguns modernos trens elétricos e fazer ajustes operacionais com a Supervia, que detém o direito de uso dos 49 quilômetros restantes, entre Raiz da Serra e o Centro do Rio. A previsão é que a viagem poderia ser feita em 1h30m, praticamente o mesmo tempo na época do vapor. Detalhe: isso tudo custa somente 0,2% do Trem de Alta Velocidade (TAV).

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Infraestrutura ferroviária no Brasil

Programa exibido pela TVBrasil

 

PFF Brasil!

A Polícia Ferroviária Federal (PFF) é o órgão policial responsável pelo policiamento ostensivo das ferrovias federais do Brasil.



História da PFF

Foi criada em 1852, por meio do Decreto Nº 641, de 26 de junho de 1852 assinado pelo imperador Dom Pedro II, inicialmente com a denominação de: POLÍCIA DOS CAMINHOS DE FERRO, com a responsabilidade de cuidar das riquezas doBrasil, que eram transportadas em trilhos de ferro. Ela foi a primeira corporação policial especializada do país. A Lei 8.028 de 12/04/1990 criou o DPFF. Hoje em dia, poucos brasileiros conhecem a PFF, como é chamada. Seu contingente é de aproximadamente 1.200 agentes, muitos deles cedidos de outros órgãos de governo, sendo poucos os membros, de fato, policiais ferroviários. Em 04/08/2011 A Lei 12.462 foi sancionada já transformada, onde da o direito dos profissionais de Segurança Pública Ferroviária, a passarem a integrar o Departamento de Polícia Ferroviária Federal do Ministério da Justiça.

A PFF na Constituição Federal

A Constituição brasileira de 1988 traz em seu artigo 144, parágrafo 3º, texto em que institui a Polícia Ferroviária Federal como instituição constitucional permanente, dentre os órgãos da segurança pública do país:a
§ 3º - A Polícia Ferroviária Federal, órgão permanente, organizado e mantido pela união e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

Privatização das Ferrovias Brasileiras

Com a privatização das ferrovias brasileiras em 1996, o seu efetivo foi reduzido de 3.200 para 1.200 policiais em todo o país, para fiscalizar cerca de 26 mil quilômetros de trilhos, destinados ao transporte de cargas.

O que lógico é insuficiente é patente o interesse de setores que desaparelharam a PFF durante a privatização, interessava a determinados setores que a PFF não atrapalhasse a dilapidação da RFFSA, pode-se ver por exemplo que a PFF denunciou grandes desvios de material durante a privatização, (clique nos links para saber mais)

 

Saiba mais também nas reportagens da série fora dos trilhos

Hoje

O plano de carreira e a estruturação da PFF tem sido tratadas a partir do governo Lula, no momento aguarda-se a aprovação de legislação específica, que permita o retorno operacional da PFF, que vem inclusive recebendo treinamento para atuar no transporte de passageiros durante a copa e as olímpiadas.

Hoje, contando com o reforço de um novo contingente, que retornará, terá em todo Brasil um efetivo de 3000 homens preparados, exclusivamente, para operar na malha ferroviaria, como uma tropa de operações de choque e operações de alto risco. Boa parte destes oriundas dos antigos quadors de vigilantes da RFFSA, CBTU, e Trensurb.


Treinamento da PFF

Há um projeto de lei do Senado, o de Nº 150, de 2003, que propõe a criação de um plano de carreira para a Polícia Ferroviária, com os cargos de: 

-Agente de Polícia Ferroviária Federal
-Inspetor de Polícia Ferroviária Federal

Assim sendo, ainda, não existe um plano de carreira da Polícia Ferroviária Federal.
Função

Sua principal função, atualmente, é proteger a malha ferroviária do país, atuando na prevenção de atos de vandalismo e crimes de todos os tipos. Também ajuda na segurança da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a empresa que opera 6 linhas de metropolitanos na Região Metropolitana de São Paulo e é presença permanente na Estação Brás.

Polícia Ferroviária Federal em desfile


Atua de forma constante no policiamento preventivo e repressivo em Recife, na CBTU e Metrorec, Natal, Belo Horizonte e Rio Grande do Sul. Supervisiona a segurança na CTS - Companhia de Transporte de Salvador com um pequeno quadro de remanescentes cedidos pela CBTU.

Mantém delegacias em outros locais, como na estação de B.de Mauá onde com seus quase nulos recursos ainda tenta precariamente impedir crimes, principalmente roubos de material da RFFSA.

A PFF tem na sua atuação um lastro numa história de controle social e práticas violentas da primeira polícia especializada do país, que está em declínio desde o início das privatizações: a polícia ferroviária federal. Essa tropa tinha poder de polícia e mais alguma coisa na época da extinta Rede Ferroviária Federal. Como a Polícia Militar, atuava uniformizada no policiamento ostensivo da linha férrea e também à paisana, investigando a ação de ladrões de fios e punguistas que agiam nos trens. O filme "Central do Brasil" tem uma cena que demonstra de forma um pouco exagerada essa força: um ladrão é executado por policiais à paisana, na linha de trem.

Ao longo de décadas, essa polícia impôs a força e o terror, com métodos truculentos que em alguns momentos garantiam a paz no caos das estações da Rede Ferroviária. Na década de 80, por onde esse policial passava, não se via um vendedor ambulante, batedor de carteira ou mesmo pingentes - os contemporâneos surfistas ferroviários.

A Polícia ou guarda ferroviária - como também era chamada - ganhou força em momentos de arbítrio, como a ditadura Vargas (1937-1945) e a militar (1964-1985). Como o trem era considerado um meio de transporte essencial em outras épocas, o setor sempre foi bastante visado pelo movimento sindical e pelos partidos de esquerda, que viam ali currais eleitorais. Partidos comunistas presentes, polícia dura presente. No regime militar pós-64, então, a rede ferroviária vira área de emprego da Lei de Segurança Nacional, que protegia transportes contra greves e outros movimentos sociais.

A polícia ferroviária foi tão atuante que era parceira da Polícia Civil. Muitos guardas ou policiais ferroviários acabaram virando informantes da polícia e trabalhando, por exemplo, lado a lado com o exécito ou na Invernada de Olaria, uma espécie de QG da Polícia Civil nos anos 60.

Os saudosos da Polícia Ferroviária lembram que, desde 1996, com a desarticulação da corporação, já foram roubados milharesde quilômetros de trilhos e dormentes, uma dilapidação no patrimônio da Rede Ferroviária Federal, hoje em liquidação.


Agradecimentos a sites que forneceram material para essa postagem:

http://pffbrasil.blogspot.com/





Fora dos trilhos

Série de reportagens especiais da TV recordo, sobre a dilapidação da RFFSA


Aniversários

Já fazem quase 3 anos e o que mudou?

 


Acabouocaos? Acabaram os atrasos?, a passagem barateou?

Esse ano tem eleição, e por favor não se deixem distrair por trens de papelão comprados noum camelódromo chinês, o atual governo teve três anos desde que perdeu o direito de dizer que não sabia. E não fez nada, ou pior...




Guindastes ferroviários no Brasil

Segue abaixo o ídice o livro "guindastes ferroviários no Brasil" de Eduardo Coelho, a obra foi digitalizada por voluntários e está dsiponível no na página VFCO de Flavio R. Cavalcant.


Capa do livro "Guindastes ferroviários no Brasil", de 1994


Já está no site o conteúdo completo do livro "Guindastes ferroviários do Brasil", de Eduardo Coelho (SPMT), publicação conjunta SPMT - Sociedade de Pesquisa para a Memória do Trem / Centro-Oeste, de 1994.
Guindastes ferroviários no Brasil – Protótipos & Modelos


Capítulos / Chapters
I – Introdução
II – Componentes básicos
III – Guindastes de uso geral
IV – Guindastes de socorro
V – O trem de socorro
VI – Locomotivas guindaste
VII – Guindastes rodoferroviários
VIII – Histórias de guindastes...
IX – Ferreomodelos em escala HO
Colaboradores
SPMT
Apresentação
Bibliografia
Índice das fotos
Índice


Tabelas / Tables
Tabela I – Principais guindastes de socorro “americanos” no Brasil
Tabela II – Principais guindastes de socorro “europeus” no Brasil
Tabela III – Summary of the Rede Ferroviária Federal S/A – RFFSA
Tabela IV – Modelos de guindastes na escala HO


Índice das fotos
Fotos 1-6 – Orton 125 ton. RFFSA SR-8 GOR-970.060-9G
Foto 7 – 12,5 ton. manual EFOM
Foto 8 – Bucyrus Erie (civil) RFFSA SR-3
Foto 9 – “Cafona” RFFSA SR-3 nº 3006
Foto 10 – Hawthorn Leslie 1913 EFCB nº 47
Foto 11 – EFCB nº 2
Foto 12 – EFCB nº 1
Foto 13 – 35 ton.EFCB nº 5
Foto 14 – Industrial Works 20 ton. EFCB nº 16
Fotos 15 e 16 – Guindastes nº 2 e nº 15 no socorro do trem RP-4 da EFCB
Foto 17 – Guindastes nº 1 e nº 17 EFCB recarrilando vagão
Foto 18-19 – Orton 100 ton. RFFSA / SR-3 nº 10
Foto 20 – Burro RFFSA
Foto 21 – Crafton EFCB IL-5
Foto 22-23 – “Scratchbuilt” 6 ton. Fepasa GF-104L
Foto 24 – Guindaste a vapor de serviços gerais Fepasa
Foto 25 – Guindaste a vapor para 10 ton.EFSJ / RFFSA / SR-4
Foto 26 – Industrial Brownhoist VFRGS
Foto 27 – Rodoferroviário Holmes 100 ton. Fepasa GM-201D
Foto 28-30 – Wellman 50 ton. Fepasa GF-102D
Foto 31-32 – Cowans Sheldon Fepasa GF-101D
Foto 33-34 – Takraf RFFSA SR-5 STK-970.003-0L
Foto 35-36 – Krupp-Ardelt EFVM
Foto 37 – Orton 100 ton. “Cotó” CBTU
Foto 38 – Orton 200 ton. de 1949 EFCB nº 7 “Fiscal Secundino”
Foto 39-40 – Orton 68 ton. EFL /RFFSA nº 103
Foto 41 – Carro nº 0324 dos trens de socorro da RFFSA SR-3
Foto 42-43 – Orton 180 ton. RFFSASR-3 nº 12
Foto 44 – Orton 200 ton. de 1949 EFCB nº 7
Foto 45 – Orton bitola métrica EFCB nº 103
Foto 46 – Orton 100 ton. EFSJ / RFFSA
Foto 47 – Rodoferroviário Clark Fepasa GR-016D |
Foto 48 – Orton Mc Cullough 150 ton. Fepasa
Fotos 49-52 – Orton 58 ton. RFFSA SR-2 GOR-970.041-2E
Fotos 50-51 e 53 – Orton 100 ton. RFFSA SR-2 GOR-970.040-4E


Glossary


Summary of the RFFSA












Flavio R. Cavalcanti

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