sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Seminário ABDIB - SOLUÇÕES PARA A EXPANSÃO DA INFRAESTRUTURA NO BRASIL.





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A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), juntamente com a American Chamber (Amcham),  promoverá, no dia 21 de outubro, em São Paulo, no Hotel Transamérica, na Av. das Nações Unidas 18.591, o seminário SOLUÇÕES PARA A EXPANSÃO DA INFRAESTRUTURA NO BRASIL.
O seminário reúne as mais importantes autoridades federais dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário para dialogar com dirigentes das empresas públicas e privadas para endereçar soluções fundamentais para melhorar o ambiente de investimentos na infraestrutura, caminho mais sustentável para a retomada do crescimento econômico e desenvolvimento social no Brasil.
Esperamos contar com a sua presença
 
PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR
 
8h30 – CREDENCIAMENTO – WELCOME COFFEE
9h00 – ABERTURA: A NECESSÁRIA ARTICULAÇÃO ENTRE OS PODERES EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO PARA IMPULSIONAR O CRESCIMENTO ECONÔMICO E DESENVOLVIMENTO SOCIAL
– Poder Executivo – Ministro-chefe da Casa Civil – Eliseu Padilha (confirmado)
– Poder Legislativo – Presidente do Congresso Nacional – Senador Renan Calheiros
– Poder Judiciário – Presidente do Supremo Tribunal Federal – Ministra Carmem Lucia A. Rocha
– Presidentes da ABDIB/AMCHAM
10h30 – O PAPEL DO ESTADO NO PLANEJAMENTO, NA SEGURANÇA JURÍDICA, NO ACOMPANHAMENTO E NA INDUÇÃO DOS INVESTIMENTOS
– Ministro da Fazenda – Henrique Meirelles
– Ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão – Dyogo Henrique de Oliveira (confirmado)
– Secretário Executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)- Moreira Franco (confirmado)
– Presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) – Ministro Aroldo Cedraz
– Empresários representativos da ABDIB/AMCHAM
12h30 – ALMOÇO
14h00 – FINANCIAMENTO E GARANTIAS: AS SOLUÇÕES PARA SUPORTAR O VOLUME DE INVESTIMENTOS QUE O BRASIL PRECISA EM INFRAESTRUTURA
– Presidente do BNDES – Maria Silvia Bastos Marques
– Presidente da Petrobras – Pedro Pullen Parente
– Presidente da Eletrobras – Wilson Ferreira Junior (confirmado)
– Presidente da Caixa Econômica Federal – Gilberto Magalhães Occhi (confirmado)
– Empresários representativos da ABDIB/AMCHAM
16h00 – AGÊNCIAS REGULADORAS, LICENCIAMENTO AMBIENTAL E DESAPROPRIAÇÕES: CAMINHOS PARA AUMENTAR A PREVISIBILIDADE NOS INVESTIMENTOS E NO GERENCIAMENTO DOS CONTRATOS
– Ministro dos Transportes – Maurício Quintella
– Ministro do Meio Ambiente – Sarney Filho
– IBAMA – Diretora de Licenciamento Ambiental – Rose Mirian Hofmann
– ANEEL – Diretor Geral – Romeu Donizete Rufino (confirmado)
– ANTT – Diretor Geral – Jorge Luiz Macedo Bastos (confirmado)
– Empresários representativos da ABDIB/AMCHAM
18h00 – CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO COM A PRESENÇA DO EXCELENTÍSSIMO SENHOR
PRESIDENTE DA REPÚBLICA MICHEL TEMER

domingo, 2 de outubro de 2016

FERROVIAS POSSÍVEIS COMPARANDO OS PLANOS DE 1989 COM 2016


Esta semana, publiquei a matéria da Revista Ferroviária sobre o "surto" ferroviário do governo Sarney, onde se saiu planejando (nem tanto), construindo e prometendo ferrovias aos milhares de km. Trinta anos depois a maior parte ficou no papel. Pois bem, este mês a RF publicou a matéria de capa " Escolhas Possíveis" sobre as iniciativas de obras de ferrovias do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal.
O programa visa licitar, separadamente, obras com maior chance de serem concluídas ao invés de apostar nas mega-obras do governo anterior. Embora seja uma bem vinda iniciativa para destravar as obras ferroviárias o programa já nasce torto, talvez por  faltar na ANTT o corpo técnico da RFFSA e do GEIPOT, que foram dissolvidos na década de 90.
O governo anuncia que tem como intenção atrelar a concessão de alguns trechos em investimentos em outros, por exemplo a operção da FNS entre Palmas e Anápolis seria entregue junto com a construção do trecho entre Anápolis e Estrela do Oeste, porém o plano apresentado até agora não reflete essa intenção.
Faltam diversos trechos tais como os prolongamentos da Ferronorte e Transnordestina, pendentes desde 1989, e até mesmo uma definição clara do que fazer com obras como a FIOL e os trechos devolvidos pelas atuais concessionárias.




É impressionante a falta de sintonia entre a ANTT e o sistema ferrovário nacional. A Ferrogrão, por exemplo vai de lucas do rio verde ao Pará, trecho que faz parte do projeto original da Ferronorte, que muito antes da Transcontinetal da Dilma (EF354) já previa a ligação do Sudeste com Rondônia. A proposta atual além de criar uma ferrovia isolada desagrada a Rumo logística pois "rouba" carga que essa transportadora capta em Mato Grosso para Santos. Por que não estendem a concessão da Ferrogrão até Cuiabá ou Rondonópolis? Desse jeito mesmo que a Rumo não operasse a linha ela não faria lobby contra, pois poderia mandar ou receber trens tanto em direção a Santos quanto em direção ao Pará.
Outra anomalia é a relação entre o esqueleto da FIOL e a malha baiana da VLI, cogitou-se fazer uma concessão combinada da FIOL junto com o futuro porto de Ilhéus, o que na minha opinião seria um erro  daqueles... Não bastasse a FIOL depender de um porto que não se sabe se será contruído, o plano não prevê nenhuma atitude para integrar a FIOL e a linha da VLI que saí de Corinto-MG em direção a Salvador-BA e Juazeiro-BA. Se o plano do governo é casar concessões de operação com obras, porque não une a obra da FIOL com este trecho da VLI que está para ser devolvido ao governo? Quem sabe talvez poderia-se até mesmo incluir no pacote a ligação entre Iaçu-Juazeiro-Salgueiro, que faz parte do projeto original da Transnordestina, já que a TNLSA para não dar conta de concluir as obras da ferrovia Transnordestina e que se questiona até mesmo se deveria manter a atual concessão que mantém na malha nordeste.
Não é só na área ferroviária que aparecem as canelasdas, o governo quer concessionar um ramal com cerca de 500 km entre Campinorte-GO e Água Boa-MT, para captar soja para a FNS. Que bom, só que cerca de 80 km ao sul em paralelo ao panejado ramal, há o trecho entre Itaberaí- Jaraguá-Cocalzinho da BR-070, que está quase pronto aguardando obras de acabamento, e que poderia perfeitamente transladar a soja captada pelas carretas em Mato grosso e Goiás para a FNS em Jaraguá, ou para a VLI em Brasília.
Para finalizar temos a obra da EF118, Rio-Vitória, ao lado da rota da bauxita da VLI, que teve o trafégo suspenso este ano, as obras de alargamento da rota da bauxita, permitiriam quase que de imediato a ligação da malha da MRS com o porto do Açu e dariam as linhas do sudeste mais opção para a descida da sera do mar, evitando trechos já saturados e ajudando a captar carga para a EF118. Porque não unir a construção da EF118 com a rota da bauxita, que está sendo devolvida pela VLI?


















As ferrovias no Brasil em 1989

Para ler e guardar

Para que quer melhor entender a atual situação das ferrovias brasileiras, recomendo a leitura da Edição de 1989 da Revista do Club de Engenharia, com um panorama sobre as condições, problemas e projetos do setor ferroviário nacional naquele ano.

De lá pra cá foram concluidas a Ferrovia do Aço, A Ferroeste, a Feetponrte e um trecho da Norte Sul. O restante, como o TAV, restante da Norte Sul, TransNordestina e muitas outras, ainda permanecem inconclusas.

Além de não concluir boa parte das obras, ainda por cima encolheram os projetos.
Os ramais de Iaçu, Cantagalo, a ligação com Cuiabá e outros, que são pequenas intervenções para trazer grandes benefícios a malha ferroviária, foram deixados de lado. Ao invés de fazer o que já estava planejado, as otoridades, resolveram se aventurar com faraonices como a FIOL, que ainda não deu em nada.








MRS e a responsabilidade social

Muito interessante a propaganda da MRS que saiu na revista ferroviária este mês, mostra as ações sociais que a empresa desenvolve junto as localidades por onde passam os trilhos. òtimas ações por sinal.
O que não dá para entender é como a MRS ainda hoje não abre suas linhas para trens de passageiros, mesmo onde a taxa de ocupação do trecho é baixa. 
É difícil imaginar uma forma melhor da empresa ter um relacionamento ótimo com as comunidades ribeirinhas, do que dar a essas comunidades o acesso a mobilidade oferecida pelo trem.